Considerado uma força poderosa da escultura e da arte, Venosa morreu em 2022 e deixou legado inspirador.
Casa Roberto Marinho inaugura exposição do escultor Angelo Venosa A Casa Roberto Marinho, no Rio de Janeiro, está inaugurando nesta quinta-feira (24) uma exposição com obras de Angelo Venosa, considerado uma força poderosa da escultura e da arte.
Venosa morreu em 2022 e deixou um legado inspirador.
Esculturas que se estendem pelo chão, saem das paredes, preenchem o espaço.
Setenta e quatro obras do artista Angelo Venosa ocupam a Casa Roberto Marinho, no Rio de Janeiro.
De uma sala a outra, caminhamos por cinco décadas de carreira do artista.
Angelo Venosa foi um dos mais importantes escultores brasileiros.
Além das obras que chamam a atenção pelo volume e pela grandiosidade, o artista também buscava formas únicas – que, às vezes, até lembram seres que a gente conhece, outras vezes são completamente abstratas, mas sempre capazes de provocar o nosso olhar.
Vértebras.
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A anatomia inspirava a arte.
“Como aquela estrutura vertebrada é recoberta por um tecido e ela forma um corpo.
Como essa presença física se impõem para o espectador", diz Paulo Venâncio Filho, curador da exposição.
Não havia limites para inventar formas inusitadas.
“Às vezes, o que se vê aqui, ele também trabalhava na bidimensionalidade”, explica Paulo Venâncio Filho.
Casa Roberto Marinho inaugura exposição com obras de Angelo Venosa Jornal Nacional/ Reprodução E também não tinha limites para o uso de materiais.
Podia ser aço ou galhos de árvore, dentes de animais e cera de abelha.
Angelo Venosa começou a fazer experiências tridimensionais nos anos de 1980, enquanto a maioria dos artistas se dedicava à pintura.
Herdou do pai, que trabalhava projetando cenários, as primeiras referências sobre forma.
A exposição mistura obras de diferentes fases do artista.
“Você vai vendo trabalhos de diferentes épocas ao mesmo tempo, e acho que o espectador pode construir as relações que ele achar, que podem surgir na imaginação dele”, afirma Paulo Venâncio Filho.
Casa Roberto Marinho inaugura exposição com obras de Angelo Venosa Jornal Nacional/ Reprodução Angelo Venosa desenvolveu um jeito artesanal de trabalhar, mas, ao mesmo tempo, era fã da tecnologia.
Nos anos 2000, Venosa passou a usar cada vez mais os recursos tecnológicos e surgiram obras.
Em 2019, começaram a aparecer os primeiros sintomas da esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa que ataca o sistema nervoso e enfraquece os músculos.
E ele virou um escultor digital.
“Quando ele começou a ter essa limitação física, ele pode exercer ainda o trabalho, não mais através daquela artesania manual, mas através do auxílio da tecnologia digital e da impressão 3D”, conta Paulo Venâncio Filho.
O artista morreu em 17 de outubro de 2022, em decorrência da doença, aos 68 anos.
Reunidas em uma grande exposição, as esculturas de Angelo Venosa mostram os caminhos de um artista que deu forma a uma imaginação sem limites.
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Publicada por: RBSYS
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