Iniciativa busca viabilizar economicamente ONG que monitora e protege esses animais no estado.
Em Santa Catarina, projeto ajuda na pesquisa e conservação da baleia-franca Uma iniciativa que visa garantir a manutenção de pesquisas e ações de educação ambiental de um projeto em Santa Catarina, torna possível adotar baleias-franca por um ano.
Das 1.
099 baleias francas catalogadas pelo projeto ProFranca/Instituto Austrális, que monitora os animais, seis indivíduos foram selecionados para fazer parte da iniciativa com base nas suas histórias de vida (entenda melhor abaixo).
Os irmãos Bernardo e Beatriz Bet adotaram duas baleias.
Junto com o certificado de adoção, eles recebem informações da localização do animal quando ele estiver em Santa Catarina.
"Eu fui criada vendo as baleias saltando aqui na frente na praia.
Meus filhos têm essa oportunidade, é um privilégio.
E eu gostaria que também a gerações futuras pudessem ter isso.
Hoje nós estamos adotando, amanhã é o vizinho, depois os colegas da escola, a família e assim a gente vai gerando essa corrente do bem que ajuda a manter vivo esse projeto de conservação", justificou a mãe das crianças, Ana Valéria de Araújo Bet.
Bernardo e a Beatriz Bet adotaram simbolicamente duas baleias em SC NSC TV/ Reprodução Beatriz adotou a Sloughy, a baleia desbravadora, que nasceu em Santa Catarina e foi vista vivendo nas Ilhas Geórgia do Sul, perto da Antártica.
O irmão, Bernardo, escolheu a Mariscal, a baleia guerreira.
Segundo o projeto, mesmo ferida por um barco de pesca esse indivíduo seguiu amamentando o filhote durante uma avistagem no estado.
"Posso levar para casa [a baleia]?", indaga Bernardo "Pode sim, uma de pelúcia", brinca a mãe Ana Valéria de Araújo Bet.
Beatriz escolheu a Sloughy NSC TV/ Reprodução Beatriz receberá informações sobre a baleia escolhida durante um ano NSC TV/ Reprodução Segundo o projeto, para adotar as baleias há três categorias de valores, de R$ 20 a R$ 150.
Em todas as categorias de valor o "adotante" recebe um certificado com seu nome, a foto da baleia escolhida e um histórico das avistagens dela no Brasil.
"Quando uma pessoa adota uma baleia-franca, ela ajuda financeiramente a nossa pesquisa científica.
Mas também faz ela se sentir parte de uma causa, do nosso esforço em prol da conservação da espécie.
Isso é o mais importante, disseminar esse sentimento por aí", afirma a diretora de Pesquisa do ProFRANCA, Karina Groch.
Mãe das crianças considera iniciativa importante NSC TV/ Reprodução Escolha das baleias As seis baleias que participam do projeto foram meticulosamente escolhidas pela equipe.
Todas fazem parte do catálogo brasileiro de fotoidentificação da espécie, mantido pelo Instituto Australis há 32 anos.
A identificação de cada animal é possível graças a característica exclusiva da franca, que são as calosidades na cabeça.
Segundo a bióloga, elas funcionam como uma impressão digital, que permite identificar o animal e acompanhá-lo ao longo da vida.
Irmãos conheceram a história de cada uma das baleias-franca que participam do projeto NSC TV/ Reprodução "Cada baleia tem alguma história interessante relacionada à sua avistagem no Brasil, algumas são antigas conhecidas, já vieram muitas vezes e tiveram muitos filhotes, outras foram protagonistas de situações desafiadoras para nós, por isso foram escolhidas”, explicou Karina.
As baleias selecionadas receberam nomes como; Zimba - a mascote, Sunset - a resistente, Felícia - a baleia fiel, Mariscal - a baleia guerreira, Jdot - a baleia que une países e Sloughy - a desbravadora.
Sunset Sunset ficou encalhada e quase morreu em 2003 NSC TV/ Reprodução Karina se emociona ao relembrar a história de Sunset.
Em 2003, a baleia entrou no canal dos molhes e ficou presa em um banco de areia na Lagoa Santa Marta.
Ela foi rebocada até o mar 30 horas depois, com o sol se pondo.
Segundo os pesquisadores, ela deve ter desmamado e se perdido da mãe.
Em 2018, cerca de 15 anos depois, ela reapareceu em Laguna, no Sul catarinense, com um filhote albino.
"Ver a Sunset voltar com aquele filhote albino foi a maior emoção da minha carreira como bióloga e conservacionista", concluiu Karina.
A baleia-franca é a única espécie ameaçada de extinção que tem filhotes no litoral brasileiro, especialmente em Santa Catarina.
Atualmente, segundo os pesquisadores, a população nacional de francas é estimada em 550 fêmeas em idade reprodutiva.
Mãe e filhote de baleia foram vistos no litoral catarinense em 2018 Instituto Australis/ PBF/ Arquivo VÍDEOS: Mais assistidos do g1 SC nos últimos dias Veja mais notícias do estado no g1 SC
Publicada por: RBSYS
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