Procedimento é comum na aviação civil e pode acontecer por uma série de fatores.

Especialistas afirmam que manobra é realizada para garantir segurança.

Fumaça é vista no momento em que avião arremete no Aeroporto Internacional de São Paulo.

Reprodução/Youtube Dois aviões arremeteram nesta quinta-feira (10) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Entenda o que é a arremetida na aviação A arremetida é uma manobra em que o avião interrompe a aproximação quando está prestes a pousar.

O procedimento é comum na aviação civil e pode ser necessário por uma série de fatores como condições climáticas e objetos na pista (leia mais abaixo).

O primeiro caso aconteceu por volta das 11h, quando uma fumaça pode ser vista quando o avião chega a tocar a pista, mas depois arremete.

Em vídeo publicado pelo canal Golf Oscar Romeo no YouTube, que monitora o tráfego em aeroportos ao vivo, é possível ouvir o piloto informando a torre de comando sobre o motivo da manobra.

"Não estabilizou na aproximação final", diz o piloto.

O pouso foi realizado posteriormente.

O segundo caso foi registrado por volta das 23h40 pelo canal SBGR LIVE no Youtube.

O Boeing 747 estava autorizado a pousar, mas os pilotos teriam se aproximado da pista errada.

Após notarem o equívoco, arremeteram.

O g1 procurou a GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto.

Em resposta, a concessionária afirmou que o controle de tráfego aéreo é de responsabilidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) da Força Aérea Brasileira (Fab).

A Fab não retornou o contato por e-mail até a publicação desta reportagem.

O que é arremeter? Manobra de arremetida de aviões Elcio Horiuchi/Arte/G1 Em 2021, a campeã do Big Brother Brasil 21, Juliette Freire, relatou que o avião no qual ela e sua equipe viajavam precisou arremeter duas vezes.

O relato deixou fãs preocupados, mas, segundo especialistas ouvidos pelo g1 na ocasião, a arremetida é um procedimento SEGURO e NORMAL na aviação.

Outro caso também chamou atenção no Rio de Janeiro, quando o Globocop registrou a imagem de um avião que arremeteu quando estava se aproximando do pouso no Aeroporto Santos Dumont, um dos mais movimentados do país.

Segundo pilotos, a manobra de arremeter um avião para evitar a aterrissagem pode acontecer por diversos fatores, sejam eles operacionais, meteorológicos ou questões de fluxo do tráfego aéreo.

Alguns exemplos: O que pode provocar a arremetida? condições meteorológicas adversas, como vento ou chuva em excesso; algum objeto estranho na cabeceira da pista; avião se aproxima da pista com velocidade maior do que a necessária; aeronave apresenta uma inclinação ou altitude não adequadas; pista está molhada além dos parâmetros normais de segurança; avião com algum problema mecânico.

Manobra é para garantir a segurança Os pilotos reforçam que o procedimento faz parte dos treinamentos justamente para que o comandante da aeronave tenha total conhecimento da manobra caso ela seja necessária.

"Os parâmetros de voo precisam estar totalmente estabilizados durante toda a aproximação, principalmente na parte final do voo, para que o piloto realize a manobra de pouso.

Dessa forma, as empresas adotam como prática padrão de que, se a aproximação não estiver estabilizada, a arremetida é um procedimento mandatório.

Ou seja, executa a arremetida, tenta de novo e faz uma nova aproximação", disse o comandante Eduardo Antunes, diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, em 2021.

"Não me recordo de nenhum acidente relacionado com arremetida, ao menos recentemente, muito menos na nossa aviação comercial brasileira", conta Antunes.

"É muito mais seguro conduzir uma arremetida do que você prosseguir em uma aproximação e posterior pouso com uma aeronave que não esteja dentro dos parâmetros adequados", disse Antunes.

Luiz Alberto Maia, proprietário da escola de aviação civil Educar, de Niterói, reforça que o procedimento de arremeter é treinado com rigor na preparação dos pilotos, que precisam estar sempre preparados para a manobra.

"Esse procedimento não representa perigo nenhum para a tripulação.

O perigo existiria caso o piloto não fizesse", explica Maia.

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Publicada por: RBSYS