Os ministros da Defesa do Reino Unido e da Rússia se encontraram em Moscou.
Segundo Ben Wallace, o governo russo disse que não existe qualquer plano de invasão à Ucrânia.
Mas o britânico afirmou que colocar mais de 100 mil soldados para fazer exercício militar ‘cruza a linha da normalidade’.
Reino Unido e outros países europeus tentam acalmar ânimos sobre uma possível guerra Autoridades do Reino Unido e de outros países europeus se pronunciaram no sentido de acalmar os ânimos, mas sem descartar a possibilidade de uma invasão.
O receio de que a situação se agrave fez o Reino Unido dar um novo passo: o governo pediu que todos os cidadãos britânicos saiam da Ucrânia imediatamente enquanto voos comerciais ainda estão disponíveis e desaconselhou viagens de qualquer tipo ao país.
Guardas de fronteira da Ucrânia formam linha de frente para uma possível de invasão da Rússia Rússia x Ucrânia: entenda 'guerra híbrida' que ucranianos acusam Putin de promover Ucrânia: perfil de uma nação histórica sob a sombra da Rússia Nesta sexta-feira (11), os ministros da Defesa do Reino Unido e da Rússia se encontraram em Moscou.
Depois da reunião, o britânico Ben Wallace disse que o encontro foi franco e construtivo, que ele ouviu do governo russo que não existe qualquer plano de invasão à Ucrânia.
Mas o britânico parece escaldado.
Ele falou que o fato de a Rússia ter colocado mais de 100 mil soldados para fazer exercício militar na fronteira cruza a linha da normalidade.
Perguntado se o Reino Unido tinha mandado armas para a Ucrânia, ele disse que sim, mas que são “armas de defesa”, que não representam nenhuma ameaça à Rússia, que os britânicos não estão buscando conflito.
Ben Wallace disse, inclusive, que as tropas do país enviadas à Ucrânia para treinamento vão voltar em breve para o Reino Unido.
'Conversa de surdo e mudo', diz chanceler da Rússia após encontro com diplomacia britânica Biden, Johnson, Scholz e Macron discutem Ucrânia em reunião virtual Esse foi o primeiro encontro entre ministros da Defesa do Reino Unido e da Rússia em quase dez anos, o que reforça como a situação atual é delicada.
O que se vê hoje na Europa são líderes políticos em um “morde e assopra” típico dessa relação com a Rússia.
É só ouvir o que também disse, nesta sexta, o primeiro-ministro da Alemanha.
O primeiro-ministro alemão falou ao Parlamento que é importante enviar uma "mensagem clara" à Rússia de que qualquer ofensiva militar na Ucrânia terá sérios efeitos.
Mas Olaf Scholz também fez gestos mais amenos.
Lembrou aos parlamentares que é trabalho de todos eles garantir que uma guerra na Europa seja evitada e que é importante usar todas as oportunidades para tentar soluções diplomáticas.
Enquanto isso, tanto a Otan quanto a Rússia seguem aumentando a presença militar na região.
O Secretário-Geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, disse que a aliança considera inclusive ter uma presença de longo prazo na região.
“Estamos mandando mais navios, mais aviões e mais tropas, e prontos para reforçar a nossa presença rapidamente caso seja necessário”, declarou.
Publicada por: RBSYS
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